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Os Filósofos como Consultores e as novas fontes de informação


Durante muitos anos pensámos que as "únicas" fontes de informação eram os livros. Depois vieram os artigos. Mais tarde as conferências. E agora até as redes sociais são relevantes para investigação.


Hoje partilhamos uma publicação do Linkedin, realizada pelo The Royal Institute of Philosophy. Depois, partilhamos também alguns comentários relevantes sobre o tema.


Há um século atrás, filósofos como John Dewey, Bertrand Russell e Susan Stebbing eram estrelas intelectuais, convocados pelos media e pelo governo para palavras sábias sobre questões sociais que iam muito além das suas investigações académicas. Mas já passaram décadas desde que qualquer filósofo no mundo de língua inglesa teve esse tipo de estatuto público. O que aconteceu? 


Assista à palestra da professora Regina Rini: AQUI


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A professora Regina Rini analisa diversas teorias, desde as mudanças nos interesses filosóficos e na atenção dos media até à interferência política e ao avassalador prestígio intelectual da ciência. A professora Rini sugere ainda outra possibilidade: Dewey e os seus contemporâneos simplesmente tiveram sucesso. Ao fazerem da filosofia algo a que qualquer pessoa pode aspirar, os intelectuais do século passado puseram fim à nossa necessidade cultural de filósofos como sábios públicos versáteis.


Esta é a segunda palestra da série de Palestras do Centenário 2025-2026: Filosofia em Retrospetiva e Perspetiva. Veja aqui as próximas palestras: https://royalinstitutephilosophy.org/...


Sobre a oradora:

A Professora Regina Rini é titular da Cátedra de Investigação do Canadá em Raciocínio Social na Universidade de York, em Toronto, onde estuda o significado ético e epistemológico das novas tecnologias e das normas em transformação. Para além do seu trabalho académico, escreve uma coluna mensal para o Times Literary Supplements desde 2020 e publicou ensaios no The Guardian, no The New York Times e no The Los Angeles Times.


Comentário de John Dorsch (Center for Environmental and Technology Ethics, Prague):


"É uma boa ideia, mas não é verdade que os filósofos costumavam ser consultados regularmente e agora já não são mais. Além dos nomes listados num comentário acima (Chomsky, Zizek), também temos, por exemplo, John Rawls, que conheceu Bill Clinton, Cornel West que se encontrou com Barack Obama e Bernie Sanders; Martha Nussbaum, que foi consultora da ONU e do Banco Mundial; Charles Taylor, que co-presidiu à Comissão Bouchard-Taylor no Canadá; Amartya Sen, que há muito presta consultoria para o governo indiano e para agências internacionais de desenvolvimento; e, mais recentemente, Shannon Vallor, que foi consultor do Senado dos EUA sobre ética e IA e sobre política da tecnologia emergente. 

Dito isto, concordo plenamente que os filósofos devem estar mais voltados para o público. Mas acredito que a verdadeira questão é estrutural: o contexto académico recompensa mais quem fala para um subconjunto exclusivo de pessoas formadas em filosofia, muito mais do que quem comunica para um público mais amplo, interdisciplinarmente ou com um público de formulação de políticas." (Tradução livre)

 
 
 

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