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"Escolha o amor" - O regresso dos filmes interativos?


Antes de ir para o tema principal, gostava de lhe dizer que em jovem, ainda pensei que talvez gostasses de ser jornalista. Mas não um jornalista qualquer. Tinha alguma paixão por fazer notícias diferentes da agenda. Gostava de procurar mais informação, criar novo conteúdo, pensar de forma mais profunda nos acontecimentos e tentar disponibilizar aos leitores uma visão mais completa e rica da realidade.


Mas a vida não quis que eu seguisse esse caminho e talvez por isso vou escrevendo alguns textos aqui no blogue. 🙂


Hoje recebi um e-mail da Netflix a dizer que tinha sido lançado um novo filme: "Escolha o amor".


Depois do jantar, a oportunidade aconteceu e lá fomos ver o filme...


Já não me recordava deste formato interativo. Aliás, agora a experiência é bastante diferente, devido ao facto de termos Box em casa, um comando, entre outros fatores.


A primeira decisão que fomos obrigados a tomar gerou alguma dificuldade, pois temos poucos segundos para decidir.


Depois, ao longo do processo, nem sempre as opções apresentadas eram muito claras.


Com o tempo fui criando uma lógica, ou melhor, fui tentando perceber a lógica do filme. E aqui, o filme torna-se bastante interessante para alunos, docentes e profissionais de Filosofia.


A base da história é a escolha que uma senhora tem de fazer. São apresentados 3 homens, com características diferentes e a ideia do filme é que o espetador ajude a atriz principal a decidir.


Em cada decisão, o impacto gerado no filme é diferente. E fica muito claro que a ideia é levar o espetador a explorar todos os cenários possíveis.


Claro que o espetador tem muitos fatores de interesse para analisar, mas os produtores do filme/Netflix também, pois ficam a conhecer o nosso perfil decidir, os nossos valores, etc. 😉


A minha primeira decisão foi escolher uma vida de amor com Paul (advogado), o namorado apresentado logo no início do filme. A ideia era explorar o cenário da estabilidade e da continuidade de uma relação. No contexto do filme, esta escolha parece que não foi muito feliz, pois o filme acabou quase de imediato.


Chegados ao fim do filme, é-nos dada a possibilidade de escolher outro amor. Desta vez escolhi Rex (cantor). E parece que esta também era a escolha do autor do filme, pois temos a oportunidade de ver a atriz principal a cantar e a ser feliz em Paris - cidade do amor.


Por fim, e voltando novamente atrás, escolhemos uma relação com Jack (o voluntário de causas sociais e profissional de educação). Também aqui o fim foi quase imediato.


20 minutos depois de terminar o filme fiquei a pensar: Talvez pudesse ter sido mais interessante fazer 3 cenários mais equilibrados. Mas parece que a ideia não seria de todo essa. Fica a ideia... 🙏


Jorge Humberto Dias.

 
 
 

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